A Dieta de … Paula Pinheiro

A convidada e os seus objectos
Psicóloga de formação e empreendedora desde sempre, Paula Pinheiro tem conciliado com sucesso ao longo destes 15 anos a prática clinica com projectos criativos.  É desde 2014 responsável de conteúdos da The Portuguese Diet e estes são os “ingredientes” que não dispensa no seu dia.

 

O que os portugueses têm de melhor?
A capacidade de adaptação e a curiosidade! A primeira característica é fundamental para que, indivíduo, empresa ou país, consiga fazer face aos imponderáveis e às exigências externas que sempre ocorrem no nosso percurso. A segunda porque sem curiosidade não existe aprendizagem e sem aprendizagem não existe evolução.

Povo que mais a surpreendeu.
Os Espanhóis! Apesar de sentirmos sempre alguma ambivalência face ao país vizinho eu, confesso, que gosto. O que eu gosto realmente neste povo é o orgulho que têm em si próprios e no seu país, é uma auto-estima que admiro e que vejo faltar em nós, portugueses. E a nossa falta de auto-estima não se justifica pois somos um povo fantástico e por vezes pode tornar-se uma ‘pedra no sapato’ quando comunicamos com o exterior. Penso que os espanhóis sabem isso intuitivamente e falam do seu país com orgulho o que os posiciona em pé de igualdade (e, às vezes, com superioridade, vá) em relação aos seus interlocutores.
Maior Aprendizagem Profissional
A minha maior aprendizagem foi, e é, aprender que cada pessoa, relação, grupo ou empresa, ultrapassa qualquer ideia pré-concebida que tenhamos dela. Olhar e trabalhar com pessoas exige capacidade de adaptação, flexibilidade e abertura de espírito para absorver a sua história, para a compreendermos e conseguirmos, assim, ajuda-la e evoluir.

Maior Desafio Profissional
O meu maior desafio é sem dúvida aceitar que o meu tempo não é o tempo dos outros. Muitas vezes, na análise que fazemos sobre o timing para utilizar uma estratégia ou iniciar um processo não é o mesmo para o cliente, ainda não é o momento para ele. E sem dúvida que o tempo que, de facto, é relevante é o do cliente e não o nosso.
Pessoas que a inspiram
Na senda internacional uma das pessoas que acho mais inspiradoras é a Emma Watson (a Hermione em Harry Potter), uma jovem que cresceu à frente das câmaras mas quer usar a sua fama para algo maior e por isso se tornou activista pela igualdade de género. Foi declarada Embaixadora da Boa Vontade pela ONU e mantém a campanha #HeForShe, um movimento internacional para a igualdade de género. São inúmeras as pessoas influentes que têm apoiado a iniciativa entre elas Forrest Whitaker, Barrack e Michelle Obama, entre outros.

A nível nacional admiro a Joana Vasconcelos, a forma como ela interpreta e cria as suas obras e como despertou, junto dos portugueses, tanto interesse é fascinante. Considero-a uma fantástica empreendedora, orgulhosa do seu país e que percebeu o que o mercado da arte precisava – inovação, criatividade e uma voz própria.

Se pudesse fazer uma pausa de um ano, o que gostava de aprender
Adoraria fazer uma formação na área da Criatividade. A Criatividade é um factor essencial para resolver problemas e, felizmente, tem ganho relevo na área empresarial. Muitos gestores começam a compreender que trabalhar a criatividade dos seus trabalhadores (independentemente do seu lugar na organização) promove uma melhor resolução adequada dos problemas, maior autonomia e maior capacidade de adaptação.

E, depois, viajaria. Nada melhor para alimentar a nossa Criatividade.
Coisas pelas quais se perde
Ui, tantas! Mas existem algumas que eu poderia ‘consumir’ o tempo todo. Livros e revistas para mim são irresistíveis e torna-se um exercício de auto-controlo entrar numa Livraria ou num bom quiosque e sair sem trazer nada.
Outra das coisas que me faz ‘perder’ é experimentar sítios novos seja restaurantes, cafés, lojas. Como o Porto está na moda é possível todas as semanas conhecer algo novo!
Objecto com Estória
O meu macaco, que já tem mais de 30 anos! Foi-me dado pela minha avó, comprado no antigo (e extinto) bazar Casa Ametista. Acompanha-me porque faz-me sorrir sempre que olho para ele e lembra-me duas coisas fundamentais: não esquecer a criança que fomos e lembrar que o humor é das armas mais ponderosas para enfrentar a vida

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