O convidado e os seus objectos
Parece simples, mas assumir responsabilidades numa empresa familiar tem muitos desafios. Especialmente se a responsabilidade é dar novos horizontes a uma empresa e uma marca consolidadas.
Foi nesta fase que conheci o Bernardo e achei que seria pertinente dar voz a quem tantos desafios enfrentou para conquistar o mercado asiático. É um caminho invulgar porque começou antes do advento da internacionalização.
O que é que os portugueses têm de Melhor
Simpatia, Coragem, Arrojo, Flexibilidade.
Povo que mais o surpreendeu
Os japoneses, foram o povo que mais me surpreendeu, tanto pela positiva como pela negativa. Fiquei encantado com a abordagem metódica que têm de todos os aspectos das suas vidas, bem como com o bom gosto. Por outro lado, o rigor que colocam em tudo o que fazem, traduz-se muitas vezes em inflexibilidade, que invariavelmente condiciona a acção. Isto para um português é muito difícil de entender!
Maior aprendizagem profissional
Saber ouvir. Esta aprendizagem começou por acontecer na área das vendas “vender é a arte de ouvir” disse-me uma vez um amigo chamado António Paraiso.
Ouvir os outros, clientes, colegas, amigos, familiares, todos os que nos rodeiam é de uma grande utilidade. Descobri que posso aprender imenso se ouvir com atenção. Isto revelou-se muito desafiante, porque se o fizer resulta que não posso, em seguida, fazer apenas o que quero, mas sim o que considero mais acertado. Esta aprendizagem acabou por ser crucial para moldar do meu perfil de actuação e de liderança.
O Maior desafio Profissional
Montar uma rede de distribuição na Asia para a Silampos. É um desafio que teve início em 2011 e continua nos dias de hoje. Estes mercados exigiram uma grande capacidade de observação e adaptação. Para além da necessidade de fazer a tradicional leitura do “gap” cultural, foi necessário lidar com a rápida alteração de contextos e sobretudo o desenvolvimento de uma enorme virtude nestes países, a diplomacia. O que vulgarmente chamamos em Portugal de “paciência de chinês”.
Pessoas que o inspiram
Tenho imensas referências, quer em Portugal, quer no estrangeiro, pessoas que admiro por diferentes motivos. Mas quem me inspira verdadeiramente são pessoas que criam empresas e empregos. Pessoas que têm uma visão e a coragem de a materializar numa empresa, mas que nesse percurso não se esquecem da família, dos amigos e ainda de ajudar quem precisa. O meu avô Abílio Campos foi para mim uma enorme referência.
Se pudesse fazer uma pausa de um ano o que gostaria de aprender
Viajar, passar um ano a visitar diferentes locais e contactar com as pessoas que ai vivem. Tenho viajado por todo o mundo, mas nem sempre tenho a oportunidade de experienciar as vivências dos locais por onde passei. Aprender com as pessoas, os diferentes hábitos e culturas, seria a maior das aprendizagens.
Coisas pelas quais se perde
Passar tempo com a minha família, brincar com os meus filhos é, sem dúvida, o que mais gosto de fazer. Isto sem esquecer o surf, estar no mar transmite-me uma paz essencial para todos os aspectos da minha vida.
Objecto com Estória
Tenho um pequeno caderno onde vou tomando notas das minhas viagens e dos episódios mais marcantes. Comprei-o em Itália e desde então tem-me acompanhado sempre.
Presença da Rede
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