Propor múltiplas soluções é a melhor estratégia de vendas?




O titulo deste post é uma tradução de um artigo do guru de vendas Mark Hunter partilhado no twiter por Anthony Iannarino.  

O assunto chamou-me a atenção por ser uma questão com a qual me tenho debatido em todos os projectos que participei: Em que medida alargar a oferta contribui decisivamente para aumentar vendas, rentabilidade global e o nível de satisfação do cliente?

Hunter cinge a questão ao momento do fecho de negociação, ilustrando quando devemos propor (ou evitar) soluções adicionais para tentar fechar um negócio sem sacrificar a variável preço. É uma abordagem de venda muito interessante. Encontra o texto aqui.

O texto de Hunter não responde todavia à dúvida acerca da formulação da oferta, concretamente se na ânsia de responder a um conjunto mais alargado de necessidades podemos estar a diminuir a competitividade global da nossa proposta.

A resposta mais satisfatória obtive num artigo de Stephen J. Dubner (autor do livro e blog Freakonomics) sobre Barry Schwartz.

No seu livro “The Parodox of Choice”, Schwartz advoga que no que respeita a opções “more is less”, sustentando que a partir de um número (limitado) de opções, a adição de possibilidades reduz a capacidade de tomada de decisão e diminui o nível de satisfação sobre a opção tomada.

Na TED talk de 2005, Schwartz apresenta diversos exemplos que suportam a ideia que as empresas devem restringir a sua oferta a um número de soluções que promovam a tomada de decisão.

Na prática, trata-se construir uma oferta de produtos que reflicta o “core business” da empresa mantendo a disponibilidade para perceber as necessidades do cliente e harmonizar a proposta.

Do ponto de vista de Hunter e Schwartz, as nossas possibilidades de concretização de negócio, melhoria de rentabilidade global e aumento da satisfação do cliente estão mais ligadas à nossa capacidade de focar a oferta e estar disponível para perceber as necessidades do cliente do que apresentar inicialmente uma oferta muito alargada.


Mais uma vez, “less is more”. 

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